sábado, 24 de novembro de 2007

"Silêncio por favor
Enquanto esqueço um pouco a dor no peito
Não diga nada sobre meus defeitos
E não me lembro mais quem me deixou assim
Hoje eu quero apenas
Uma pausa de mil compassos
Para ver as meninas
E nada mais nos braços
Só este amor assim descontraído..."

"A dor me maltrata a cada dia que passa, parece que não terá fim."

domingo, 18 de novembro de 2007

A Internet não é ringue

Você já discutiu relação por e-mail? Não discuta. O correio eletrônico é uma arma de destruição de massa (cerebral) em caso de conflito. Quer discutir? Quer quebrar o pau, dizer tudo o que sente, mandar ver, detonar a outra parte? Faça isso a sós, em ambiente fechado. Pessoalmente a coisa pode pegar fogo, até sair agressão verbal e mesmo física. Mas a chance maior é que vocês terminem praticando o melhor sexo do mundo e trocando juras de amor eterno. Brigar por e-mail é muito perigoso. Existe pelo menos um par de boas razões para isso. A primeira é que você não está na frente da pessoa. Ela não é “humana” a distância, ela é a soma de todos os defeitos. A segunda razão é que você mesmo também perde a dimensão de sua própria humanidade. Pelo e-mail as emoções ficam no freezer e a cabeça no microondas. Ao vivo, um olhar ou um sorriso fazem toda a diferença. No e-mail todo mundo localiza “risos”, mas ninguém descreve “choro”. Eu sei disso, porque cometi esse erro. Várias vezes. Nunca mais cometerei, espero. Principalmente quando você ama de verdade a pessoa do outro lado. Um tiroteio de mensagens escritas tende à catástrofe. Quando você fala na cara, as palavras ficam no ar e na memória, e uma hora acabam sumindo de ambos. “Eu não me lembro de ter dito isso” é um bom argumento para esfriar as tensões. Palavras escritas ficam. Podem ser relidas muitas vezes. Ao vivo, você agüenta berros te mandando ir para e/ou tomar em algum lugar. Responde no mesmo tom rasteiro. E segue em frente. Por e-mail, cada frase ofensiva tende a ser encarada como um desafio para que outra parte escolha a arma mais poderosa destinada ao ponto mais fraco do “adversário”. Essa resposta letal gera uma contra-resposta capaz de abalar os alicerces do edifício, o que exigirá uma contra-contra-resposta surpreendente e devastadora. Assim funciona o ser humano, seja com mensagens, seja com bombas nucleares. Ao vivo, um pode sentir a fraqueza do outro e eventualmente ter o nobre gesto de procurar poupar aquelas trilhas de sofrimento e rancor. Ao vivo, o coração comanda. Por e-mail é o cérebro que dá as cartas. E só Deus sabe o quanto podemos ser inconseqüentes e cruéis quando entregamos o poder ao nosso segundo órgão preferido, segunda a sábia definição de Woody Allen. E tem o fator fermentação. Você recebe um e-mail hostil. Passa horas intermináveis imaginando qual será a terrível, destrutiva resposta que vai dar. Seu cérebro ferve com os verbos contundentes e adjetivos cruéis que serão usados no reply. Aí você escreve, e reescreve, e reescreve de novo, e a cada nova versão seu texto está mais colérico, e horas se passam de refinamento bélico do texto até que você decida apertar o botão do Juízo Final, no caso o Enviar. Começam então as dolorosas horas de espera pela resposta à sua artilharia pesada. É uma angústia saber que você agora é o alvo, imaginar que armas serão usadas. E dependendo do estado de deterioração das relações, você poderá enlouquecer a ponto de imaginar a resposta que vai dar à mensagem que ainda nem chegou. É por isso que eu aconselho, especialmente aos mais jovens: se for para mandar mensagens de amizade, se é para elogiar, se é para declarar amor, use e abuse dos meios digitais. E-mail, messenger, chat, scraps, o que aparecer. Mas se for para brigar, brigue pessoalmente. A não ser, claro, que você queira que o rompimento seja definitivo. Aí é só abrir uma nova mensagem e deixar o veneno seguir o cursor.

Dagomir Marquezi (Texto tirado da revista info exame, jan 2006)

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

PALAVRAS E ATOS

Inegável é a energia contida nas palavras; alguns filósofos orientais sempre pregaram que: “palavra é verbo”.
Quando dizemos as coisas começamos a ensejar os seus efeitos, mas apenas quando o que afirmamos parte de convicções internas e sob o influxo de sentimentos sinceros.
Em um ser honesto a palavra corresponde à idéia que tem dentro de seu ser.
O que se diz é importante, pois, mas quando coincide com a energia que dimana de nossa mente.
Existem, portanto, falsas afirmações, promessas vãs, demagógicas, traiçoeiras cuja energia emanada da mente do malfeitor não corresponde ao texto do que escreve ou ao que fala.
Há quem diz “sim” pensando em “não”...
Há quem diga vou fazer isso, mas, pensando “nunca isso farei”...
A palavra só é sincera e digna quando se identifica com a idéia que procura traduzir.
Os falsários não falam com sinceridade, não escrevem e nem dizem o que deveras desejam ou pensam.
Esses seres viciosos vociferam o que os outros gostam de ouvir ou esperam escutar, mas, agem exatamente de forma contrária.
Mostram-se tocados pelo que dizem, chegam até a chorar para mascarar a falsidade que encobrem com as mentiras que pregam.
Essa foi e ainda é a plataforma dos tiranos, demagogos, vaidosos e paranóicos como o mundo político tem tanto, há milênios, apresentado e ainda hoje os mostra para o aplauso das massas ignorantes.
Não foram poucos os homens de rara inteligência e sabedoria que se rebelaram contra essas grossas mentiras e não temeram afirmar sobre o que sinceramente pensaram.
Um orador renomado, o padre Antônio Vieira, de forma destemida, na Capela real de Lisboa, em 1655, afirmou: “uma coisa é o governador e outra a coisa que o governa”.
E complementou em sua famosa pregação dizendo que “palavras sem obras são tiros sem bala”, metaforicamente comparando a luta entre Davi e Golias, quando o pequenino matou o gigante, como um efeito de sincera energia e não de barulhos enganadores.
Evocou também os fenômenos da natureza onde raios matam, relâmpagos são vistos por alguns, mas, trovões todos tendem a escutar.
Com isso desejou afirmar que palavras mentirosas, mas profusamente repetidas e alardeadas muito impressionam, mas, se não há realização que a elas corresponda acabam por produzir apenas o falso.
Não merece crédito quem diz uma coisa e faz outra...
A História julga esse tipo abjeto de gente, como o fez com Catilina, Calígula, Nero, Hitler, Stalin e tantas outras aberrações humanas.
Pensar firme e dignamente é começar a dar forma a atos dignos que se materializarão, porque se lhes dá energia competente para tanto.
Pensar indignamente mesmo falando e escrevendo palavras dignas é criar a oportunidade para que o mal se concretize porque há sempre uma inexorável vitória da essência sobre a forma.
Se a essência está deteriorada não há probabilidade de a forma ser sadia...
O sucesso nas relações, na vida, muito depende de comparar entre o que se escuta, lê e aquilo que se constata como realidade.
Há 2.500 anos Buda já afirmava que nunca se deve acreditar em algo simplesmente porque foi dito, mesmo quando quem diz tem poder ou porque a fala se repete por longo tempo, mas, sim somente naquilo que se comprova como verdade.

Antônio Lopes de Sá

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Elipse

E assim, num rompante, percebi o tanto que gosto de você. Foi como aquela pancada de chuva de verão que cai sem avisar, ainda que a gente devesse saber do risco ao andar por São Paulo sem guarda-chuva em pleno março. Minha vontade era correr até você e ficar grudada, feito ímã de geladeira. Acordar, comer, rir, descansar, tudo junto, sem parar. Nós: tão diferentes, tão iguais. Você, sólido, eu, quase vôo. Eu sem raízes, você cajueiro. Estou sempre azul e você, rosa. Sua voz grave contrasta com a minha, desafinada. Para ouvi-lo até fico calada, esqueço do tanto que tenho a dizer sobre tudo, sempre. Escuto e digo sim, como discordar desse brado persuasivo? Só uma força absolutamente impensável, uma chuva de inundar o Pacaembu, para me tirar do meu universo, tão meu, tão eu, tão pacífico como um jardim de Burle Marx.
E lá estou eu doida para ficar encharcada, doida de medo de explicitar tal disparate, porém. Você tem saudades? Eu cancelaria minha visita anual ao dentista, a festa do amigo, a manicure semanal, o cinema com a amiga, a aula que tenho de assistir, o curso que me comprometi a dar. Por mais dez minutos seus. Desmarcaria o sorvete com o irmão, a caminhada com o grupo, o corte de cabelo. Só para ficar com você sem dormir, sem fazer nada a não ser massagem nos seus pés, talvez. Desligaria meu telefone, sumiria de casa, nunca mais ligaria um computador e me livraria de todas as distrações mundanas, como livro, jornal, revista, sol. Quero parar de fingir que não me entrego, pois já me entreguei. Abandonaria meu emprego, meu carro, minha avó e cairia em seus braços que nasceram para me abraçar, embora tenham abraçado tantas outras antes, por engano. Quero falar que acredito, sim, em tudo que você diz pelo simples fato de ser você quem diz.
Tragaria toda essa paixão, a engoliria só para saber como pulmões e estômago responderiam a tal estímulo. Disponibilizaria todos os meus órgãos, meus poros a você, para não perder um segundo seu. E revelaria tal doidice em um alto-falante daqueles que exaltam as delícias da pamonha, para a cidade toda escutar. No entanto, a estiagem durou tempo demais: agora, na chuva, percebo que não adianta contar isso tudo. Não adianta tanto querer. Você já, já perceberá meu engodo. Provavelmente não sou tão bonita, elegante, alta, atleta, magra, inteligente, generosa, divertida assim. E certamente nem mesmo tão morena assim eu sou. Será que o amor rejeita elipses? Ou só vive por elas?

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

"De tudo o que ele me deu , o pior foi um pé na bunda.."
Permita-se

11/11/2007

Por mais que vc lute, enquanto ñ chegar sua hora , vc ñ ira vencer. Aprendi que por mais que vc se esforce , nunca chegará a lugar nenhum sem amor. Aprendi que às vezes as lágrimas valem mais do que mil sorrisos. Hoje aprendi que chorar vale a pena. Hoje aprendi que por mais que vc corra, vc ñ chegará lá se não tiver dado o 1º passo, porque as vezes corremos, mas sem destino algum, ñ sabemos para onde ir. Muitos dizem “deixe a vida me levar para onde quiser” Mas às vezes vc ñ conhece sua própria vida. Na vida aprendi que muitos gostam das coisas que vc tem , e não de vc.Tenho medo de tantas coisas. Às vezes até de ser feliz. Aprendi que todas as coisas acontecem no seu devido Momento, então pq lutar diante de uma guerra Se o destino está a nosso favor? Bobagem, o destino É nosso e ninguém pode mudar senão vc mesmo. Ame as pessoas em sua volta sem se preocupar com o amanhã. Pq quem saberia dizer se irá chover amanhã? As melhores coisas estão nos pequenos detalhes...

sábado, 10 de novembro de 2007

Feio!

"Enquanto algumas pessoas fazem de tudo para serem marcantes,outras agem naturalmente tornando-se inesquecíveis."

Diferente de tudo e de todos isso que me encanta,por essas e outras que você se tornou tão especial pra mim.Seu feio mais feio de todos.

Eu te amo!!!


Saudade que dói.